Os candidatos e as redes sociais

Veja-se a utilização das redes sociais pelos candidatos à Presidência da República.

Cavaco Silva
http://cavacosilva.pt/

facebooktwitteryou tubesapo vídeosvimeoflickrfour squareSound cloudwikipédia

Defensor Moura
http://www.defensormoura.com
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Fernando Nobre
http://www.fernandonobre2011.com/

Francisco Lopes
http://www.franciscolopes.pt/

Francisco Lopes on Facebook

José Manuel Coelho
http://coelhopresidente.wordpress.com/

Manuel Alegre
http://www.manuelalegre.com/

YouTube Twitter FaceBook Flickr RSS Feeds

Fonte: Autarquia Digital via cibertransistor.com

Aqui está a prova de que mais não é necessariamente melhor.
O candidato Cavaco Silva está em todas as “grandes” redes sociais, mas os resultados ficam muita aquém do que seria de esperar. Senão vejamos:

Twitter – 1323 seguidores (0,2% dos total de utilizadores em PT) com muito poucas interacções com os seus followers. Aliás se pesquisarmos por hashtags relacionadas com o candidato Cavaco a maior parte delas são negativas. Aliás, curiosamente, uma das Hashtag mais populares dos últimos tempos é #Cavaconunca. Comparem com a hashtag #fernandonobre

Flickr – inexpressivo. Muito poucos views, praticamente nem um comentário (mesmo que fosse negativo). A minha mulher tem mais sucesso no Flickr.

YouTube – Tirando o vídeo de apresentação da candidatura (que obteve 1101 views) a maior parte dos vídeos quase ninguém os vê (menos de 150 views por video). Os vídeos do Fernando Nobre são mais vistos que o do actual presidente (202 por video).

Sapo Video – É melhor nem falar. Seria de esperar que pelo menos os militantes do PSD fossem ver os videos do “seu” presidente.

Foursquare – Basicamente os eleitores não querem saber onde anda o Candidato (140 amigos), logo nas interacções temos: DAYS OUT 16, CHECK-INS 27, THINGS DONE 2 (2 ????! – Só fez 2 coisas?).

Ou seja, não sei quem vai ter de prestar contas relativamente ao budget que está a ser gasto na campanha de Cavaco Silva, mas acredito que não seja pouco para gerir todas estas redes e conteúdos, mas sinceramente, o resultado (pelo menos em algumas delas) não está a ser nada famoso.

Gostaria muito de ter acesso às verbas para comparar no dia 23 com o ROI dos candidatos.

Segundo as sondagens de hoje Cavaco Silva vencerá na 1ª volta, mas certamente não será pela influência das Redes Sociais.

In Blogging, Comunidade, Digital, Sociedade.

About O Chato do Aquario

Ainda nos estranhos anos da década de 70, enquanto ouvia Ziggy Stardust e Joy Division, dizia que queria ser astronauta, mas rapidamente se apercebeu que não tinha estatura, e que ir para os EUA, estava fora de questão por razões financeiras. A “culpa” da descoberta da computação deveu-se ao seu tio (um dos primeiros Analistas Programadores existentes no nosso país), o qual também contribuiu para a descoberta de dois tipos de “informáticos”: os que vivem nas caves escuras e frias, e que passam 20h/dia a olhar para linhas de código que geram outros milhares de linhas de código; e os que vibram com o interface com o utilizador, que fazem bonecos, mais ou menos articulados em 3 dimensões, e que eventualmente até conseguem interagir com eles. Foi claro nessa altura que escolheria a 2ª opção. Tinha então um problema: Como fazer para trabalhar numa área que praticamente não existia em Portugal (A Computação Gráfica e a Realidade Virtual). Começou então o seu percurso pedindo aos seus pais que lhe dessem um ZX Spectrum, que mais tarde se transformou num PC Amstrad, e no qual começou a experimentar formas de criar ambientes gráficos para interagir com o utilizador. Muitas experiências, mais ou menos psicadélicas, mais tarde acabou por licenciar-se em Informática na Faculdade Ciências da Universidade de Lisboa, e efectuar estágio (eu diria, construir o meu próprio estágio, em Realidade Virtual, na dita faculdade). Durante esse período viu algo a acontecer: A Internet estava a nascer. E não era apenas o protocolo TCP/IP que estava a evoluir para uma escala planetária, mas sim o interface com utilizador, e o potencial de funcionalidades, serviços e produtos que dai poderiam nascer. Dedicou-se então, à investigação mais aprofundada, deste novo meio e na 1ª oportunidade começou à procura de uma empresa que o pudesse “patrocinar” na sua vontade de fazer e aprender. Devido ao volume de trabalho que um empregado (web designer) da Telepac tinha (até então das poucas empresas que prestação serviços de desenvolvimento web) de seu nome Pedro Patrício (actual sócio da Wiz interactive) acabou por ser convidado a integrar os quadros desta empresa, na qual rapidamente, se apercebeu que o futuro e a oportunidade de fazer mais e melhor, não iria passar por aquela empresa. E por isso saiu ao fim de 2 anos, para montar o seu próprio negócio: Uma empresa que prestasse um serviço de comunicação digital num meio em que acreditava seria o futuro de todos os meios de comunicação, e assim, a 11 de Setembro de 1998, nasceu a Wiz Interactive. Passados 15 anos, o negócio floresce, a diversificação de clientes e formas de abordar a sua comunicação cresce com ele. Os 15 anos estão também ligados a 3 filhos, 2 mulheres (esperando que seja o número final), e a oportunidade de se ter cruzado com centenas de pessoas de vários meios, etnias, culturas e idades e muitos momentos de felicidade, algumas enxaquecas, mas acima de tudo o mesmo gozo por fazer aquilo que faz tal como no dia em que o seu tio e o seu pai o “ligaram” a este maravilhoso mundo novo.

2 Comentários a Os candidatos e as redes sociais

  1. By Fernando Fonseca on January 21, 2011

    Para se fazer qualquer análise tem que se ser factual: A conta de Cavaco Silva no Twitter pelo menos repondeu/interagiu com os seus seguidores coisa que mais nenhuma conta fez. A # a ser seguida será a #presidenciais e nenhuma outra pois essa foi a que a comunidade Twitter em PT escolheu.
    Quanto ao Foursquare só o desconhecimento daquela rede social perdoa a análise.

  2. By O Chato do Aquario on January 21, 2011

    Quanto ao twitter não concordo. A comunidade twitter não escolheu apenas a hash presidenciais, a #cavaconunca é prova disso, foi a 3a mais usada na ultima semana.
    Em relação ao foursquare o conhecimento é suficiente para fazer um trocadilho (2 things done), ironia também é o meu forte. Mesmo assim o facto esta lá bem escarrapachado: ninguém esta interessado nos check-in’s que o candidato faz.

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