Há alguns anos que B!monada é um dos clientes cá da casa. Trabalhamos as redes sociais da marca desde a altura em que só havia B! Ice Drinks. Foi com orgulho que acompanhámos o seu crescimento, desde o lançamento de novos sabores à criação de uma nova gama de produtos.

Wiz_blog_B!monada

Foi para este cliente que criámos o projecto que vou apresentar mais abaixo. Mas primeiro, imagina o seguinte cenário:

Estás num autocarro lotado de gente, recebes uma chamada e precisas mesmo de dizer uma coisa mega importante mas que não queres que toda a gente saiba. 

O que fazes?

1 – Pões a mão à frente da boca, baixas o tom de voz e dizes o que tens a dizer – como se fosses o elemento mais secreto do MI6? 

2 – Sais na próxima paragem, apesar de estares a quilómetros do destino, só para falares à vontade? 

Já assisti a cenas destas, eu própria posso já ter protagonizado uma ou outra (não revelo qual). E sei que não é justo, sobretudo depois de um dia de trabalho ou de aulas na faculdade – em que já nem te lembras do teu nome e queres mas é sopas e descanso.

Vá, fica tranquilo… nós temos a solução. Para além de ser grátis, não precisas de queimar as pestanas para falar como um mestre.

No final do ano passado fomos desafiados a criar um idioma exclusivo para a marca B!monada. Ora tendo esta marca uma comunicação irreverente, o resultado final tinha de ser no mínimo diferente.

Adivinhava-se um processo difícil (e foi). Não nos podemos esquecer que uma língua é um organismo vivo, tem uma série de vicissitudes e singularidades – chegando a demorar décadas (ou até mesmo séculos) a construir.

Após debruçar-me sobre guias de idiomas menos usuais e fazer uma série de testes e combinações… nasceu o B!monês – o idioma oficial dos fanáticos de B!monada.

Através do site e da App “B!monês de Bolso” (desenvolvida pela Carbon Bold para Android e iOS) podem traduzir e converter qualquer mensagem entre Português e B!monês. Wiz_blog_B!mones

Vá, vão lá experimentar. E se o fizerem através da App, ainda podem tentar a vossa sorte no passatempo desta semana.

Aqui na WIZ todos os dias ajudamos alguém a ajudar o Planeta Terra. A tarefa pode parecer uma coisa do outro mundo, mas é bem mais simples do que possam imaginar.

A resposta está neste vídeo em que as minhas palavras e os desenhos da Diana, ganharam vida graças à voz da Inês Carvalho, à sonorização do João Tiago e à animação do João Lagido (Sponge).

A Missão POWER UP é um projecto educativo da Galp Energia. Tem como objectivo desafiar as escolas do 2.º e 3.º Ciclo a tornarem-se mais eficientes a nível energético. Como? Envolvendo toda a comunidade escolar através de acções feitas na escola.

Esta não é a estreia dos Wizards nos projectos educativos da Galp Energia. Para além de trabalharmos a Missão POWER UP desde o primeiro dia, e termos desenvolvido a identidade deste projecto (naming e logotipo), também temos espalhado a nossa magia pela Missão UP e o Galpshare.

Por falar em Missão UP, sabiam que foi esta a origem da Missão POWER UP? Pois é, este projecto destinado aos alunos do 1.º Ciclo teve tanto sucesso que a Galp Energia decidiu alargá-lo ao 2.º e 3.º Ciclo.

Tudo isto para vos dizer que, depois da edição zero no ano-lectivo passado, a Missão POWER UP está de regresso e traz novidades. Querem saber quais?

1. Refizemos algumas áreas do site para facilitar ainda mais a experiência do utilizador.

wiz_missaopUP

2. O Leandro transpôs para Apps Mobile (Android/iOS) os jogos que já tinha criado para a Missão POWER UP, a partir dos conceitos do Gil d’Orey.

Wiz_blog_apps

3. E ainda programou um jogo novinho em folha para a malta se divertir: o POWER MONSTERS.Wiz_blog_monster

Mas não ficamos por aqui: como ajudar o Planeta deve ser um dever de todos, este ano vocês também vão poder jogar e doar parte da vossa pontuação a uma Escola à vossa escolha. Neste momento ainda não é possível doar parte da pontuação, por isso eu aviso-os assim que a função estiver disponível. Combinado?

Vá, de que estão à espera? Venham daí conhecer este projecto e também o nosso trabalho no Facebook Missão POWER UP.

Nestas últimas semanas andámos aqui a recrutar um copy. Felizmente já o encontrámos e estamos agora a fechar os pormenores da contratação.

Como podem compreender, é-me humanamente impossível dar feedback personalizado a toda a gente. É uma coisa que me chateia, por isso escrevi este texto longo e chato. Foi a forma que encontrei para tentar retribuir um pouco a todos os candidatos que levaram um não.

Então recebemos mais de 60 candidaturas neste processo de recrutamento. Um número que nos impressionou bastante, especialmente tendo em conta a forma como conduzimos o processo – com um conjunto de exercícios que “dão mais trabalho” do que simplesmente enviar um CV e um Portfolio.

Começando pelo princípio, lançámos 3 exercícios. Para quem não os apanhou, estão aqui. O processo de candidatura consistiu em resolver um, dois ou os três desafios. É importante referir que não haviam respostas certas nem erradas – e que os desafios que cada candidato escolheu para resolver foram desde logo uma grande ajuda para compreender a motivação e o empenho de cada um.

Posto isto, acredito que compreender os exercícios poderá ajudar-vos em situações semelhantes no futuro e por isso passo a explicá-los um pouco melhor.

O primeiro exercício consistiu em resumir um texto para praticamente metade do seu tamanho original. O objectivo: avaliar a capacidade de sumarizar e sintetizar, a capacidade de reter as ideias essenciais e o equilíbrio entre usar palavras e expressões novas – ou manter as originais.

O segundo exercício consistiu em resolver um briefing mais ou menos semelhante aos que encontramos no dia-a-dia. O exercício foi concebido para avaliar várias coisas diferentes: a) a capacidade de interpretar correctamente um briefing e de perceber exactamente o problema em mãos; b) a criatividade para encaixar ideias antagónicas (pais, filhos e sexo) tanto no conceito como na mecânica de funcionamento; c) a capacidade de criar um nome; d) a capacidade de explicar claramente uma ideia por escrito; e) o conhecimento do formato Facebook Ad (e/ou a vontade de investigar as limitações deste formato); f) por último, mas não menos importante, as recomendações genéricas para este hipotético cliente – revelaram um pouco da costela estratégica de cada candidato.

O terceiro exercício consistiu em criar três posts ou conteúdos “social media”, sob um mesmo tema, para três das marcas que trabalhamos actualmente. São marcas muito diferentes no seu tom e o objectivo foi avaliar tanto a versatilidade criativa como a capacidade de adequação ao tom que as marcas já praticam.

Lançado o desafio, a grande maioria das candidaturas vieram de pessoas com alguma experiência na área. Realmente impressionante foi o facto de um quarto dos candidatos que se empenharam em resolver os exercícios trabalharem e/ou terem experiência não nesta área, mas noutras completamente diferentes: Museologia, Banca, Finanças, Gestão e Administração, Recursos Humanos, Fisioterapia e Massagem, Jornalismo, Rádio, Guionismo, Realização, Encenação, Interpretação Artística, Música e até Comédia.

No meio disto tudo, para todos os candidatos que ouviram um não – mas especialmente para vocês, pessoas que (ainda) desconhecem a vida numa agência – gostaria de deixar uma mensagem de incentivo.

Sejam duros e nunca desistam.
Pelo que se vê nos case studies e blogs das agências, é fácil imaginar que esta é uma profissão encantadora: que temos a informação e o tempo que são precisos para pensar nos problemas, para ter algumas ideias assim-assim e para chegar a uma grande revelação “shã-nããã” que toda a gente (incluindo o cliente) compreende, concorda, aceita e compra.

Era bom que assim fosse e sim, até há algum glamour no meio disto tudo. No fundo usamos mais t-shirts, ténis e óculos de massa do que a maioria, trabalhamos num ambiente menos formal e com pessoas mais coloridas – e às vezes até aliviamos algum do nosso stress de formas menos convencionais.

Mas a realidade é que a vida nesta área é difícil e fazer isto todos os dias é mais duro do que parece.

Diária e consistentemente temos de criar e apresentar muitas, muitas ideias. Até aqui tudo bem. Só que a maior parte dos “nossos bebés” acaba literalmente no lixo sem dó nem piedade – e uma boa parte das ideias que sobrevivem acabam mutiladas ou deformadas no processo. Um criativo de profissão tem de dominar, antes de tudo o resto, a rejeição e a frustração. Tem de canalizar essa energia para fazer melhor da próxima vez – e viver com (alguma) sanidade mental até ao próximo dia. Tem de ser duro e nunca desistir.

Isto porque para muitos, muitos dias de suor e lágrimas há, de quando em vez, um dia bom. O dia em que o teu melhor trabalho sai para a rua (mais ou menos) ileso. O dia em que “a internet” reage como previste ou ainda melhor, com mais emoção. O dia em que o teu director, o teu cliente, o teu público, a tua concorrência e até a tua avó te dão os parabéns, porque fizeste qualquer coisa que tocou as pessoas, que as fez pensar, que ajudou a resolver um problema ou a vender um produto que vale a pena. Nesse dia, este é o melhor trabalho do mundo.

A imaginação treina-se, a criatividade aprende-se e a escrita pratica-se.
A dureza não. A dureza tem que nascer com vocês.
Por isso sejam duros e nunca desistam.
Os dias bons não tardarão em chegar.

Obrigado a todos por alinharem nesta maluquice.

Excerto do livro “On Writing: A Memoir of the Craft”: +info http://bit.ly/on_writing (por favor não nos processes, Steve!)

“Telepathy, of course.
It’s amusing when you stop to think about it – for years people have argued about whether or not such a thing exists, folks like J. B. Rhine have busted their brains trying to create a valid testing process to isolate it, and all the time it’s been right there, lying out in the open like Mr. Poe’s Purloined Letter. All the arts depend upon telepathy to some degree, but I believe that writing offers the purest distillation. Perhaps I’m prejudiced, but even if I am we may as well stick with writing, since it’s what we came here to think and talk about.

My name is Stephen King. I’m writing the first draft of this part at my desk on a snowy morning in December of 1997. There are things on my mind. Some are worries (bad eyes, Christmas shopping not even started, wife under the weather with a virus), some are good things (our younger son made a surprise visit home from college, I got to play Vince Taylor’s “Brand New Cadillac” with The Wallflowers at a concert), but right now all that stuff is up top. I’m in another place, a basement place where there are lots of bright lights and clear images. This is a place I’ve built for myself over the years. It’s a far-seeing place. I know it’s a little strange, a little bit of a contradiction, that a far-seeing place should also be a basement place, but that’s how it is with me. If you construct your own far-seeing place, you might put it in a treetop or on the roof of the World Trade Center or on the edge of the Grand Canyon. That’s your little red wagon, as Robert McCammon says in one of his novels.

This book is scheduled to be published in the late summer or early fall of 2000. If that’s how things work out, then you are somewhere downstream on the timeline from me … but you’re quite likely in your own far-seeing place, the one where you go to receive telepathic messages. Not that you have to be there; books are a uniquely portable magic. I usually listen to one in the car (always unabridged; I think abridged audio-books are the pits), and carry another wherever I go. You just never know when you’ll want an escape hatch: mile-long lines at tollbooth plazas, the fifteen minutes you have to spend in the hall of some boring college building waiting for your advisor (who’s got some yank-off in there threatening to commit suicide because he/she is flunking Custom Kurmfurling 101) to come out so you can get his signature on a drop-card, airport boarding lounges, laundromats on rainy afternoons, and the absolute worst, which is the doctor’s office when the guy is running late and you have to wait half an hour in order to have something sensitive mauled. At such times I find a book vital. If I have to spend time in purgatory before going to one place or the other, I guess I’ll be all right as long as there’s a lending library (if there is it’s probably stocked with nothing but novels by Danielle Steel and Chicken Soup books, ha-ha, joke’s on you, Steve).

So I read where I can, but I have a favorite place and probably you do, too—a place where the light is good and the vibe is usually strong. For me it’s the blue chair in my study. For you it might be the couch on the sunporch, the rocker in the kitchen, or maybe it’s propped up in your bed – reading in bed can be heaven, assuming you can get just the right amount of light on the page and aren’t prone to spilling your coffee or cognac on the sheets.

So let’s assume that you’re in your favorite receiving place just as I am in the place where I do my best transmitting. We’ll have to perform our mentalist routine not just over distance but over time as well, yet that presents no real problem; if we can still read Dickens, Shakespeare, and (with the help of a footnote or two) Herodotus, I think we can manage the gap between 1997 and 2000. And here we go—actual telepathy in action. You’ll notice I have nothing up my sleeves and that my lips never move. Neither, most likely, do yours.

Look – here’s a table covered with a red cloth. On it is a cage the size of a small fish aquarium. In the cage is a white rabbit with a pink nose and pink-rimmed eyes. In its front paws is a carrot-stub upon which it is contentedly munching. On its back, clearly marked in blue ink, is the numeral 8.

Do we see the same thing? We’d have to get together and compare notes to make absolutely sure, but I think we do. There will be necessary variations, of course: some receivers will see a cloth which is turkey red, some will see one that’s scarlet, while others may see still other shades. (To colorblind receivers, the red tablecloth is the dark gray of cigar ashes.) Some may see scalloped edges, some may see straight ones. Decorative souls may add a little lace, and welcome—my tablecloth is your tablecloth, knock yourself out.

Likewise, the matter of the cage leaves quite a lot of room for individual interpretation. For one thing, it is described in terms of rough comparison, which is useful only if you and I see the world and measure the things in it with similar eyes. It’s easy to become careless when making rough comparisons, but the alternative is a prissy attention to detail that takes all the fun out of writing. What am I going to say, “on the table is a cage three feet, six inches in length, two feet in width, and fourteen inches high”? That’s not prose, that’s an instruction manual. The paragraph also doesn’t tell us what sort of material the cage is made of – wire mesh? steel rods? glass? – but does it really matter? We all understand the cage is a see-through medium; beyond that, we don’t care. The most interesting thing here isn’t even the carrot-munching rabbit in the cage, but the number on its back. Not a six, not a four, not nineteen-point-five. It’s an eight. This is what we’re looking at, and we all see it. I didn’t tell you. You didn’t ask me. I never opened my mouth and you never opened yours. We’re not even in the same year together, let alone the same room … except we are together. We’re close.

We’re having a meeting of the minds.

I sent you a table with a red cloth on it, a cage, a rabbit, and the number eight in blue ink. You got them all, especially that blue eight. We’ve engaged in an act of telepathy. No mythy-mountain shit; real telepathy. I’m not going to belabor the point, but before we go any further you have to understand that I’m not trying to be cute; there is a point to be made.

You can approach the act of writing with nervousness, excitement, hopefulness, or even despair—the sense that you can never completely put on the page what’s in your mind and heart. You can come to the act with your fists clenched and your eyes narrowed, ready to kick ass and take down names. You can come to it because you want a girl to marry you or because you want to change the world. Come to it any way but lightly. Let me say it again: you must not come lightly to the blank page.

I’m not asking you to come reverently or unquestioningly; I’m not asking you to be politically correct or cast aside your sense of humor (please God you have one). This isn’t a popularity contest, it’s not the moral Olympics, and it’s not church. But it’s writing, damn it, not washing the car or putting on eyeliner. If you can take it seriously, we can do business. If you can’t or won’t, it’s time for you to close the book and do something else.
Wash the car, maybe.”